Henry van de Velde foi um arquiteto, designer e pintor ligado ao movimento estético.
Estudou pintura em Paris, na França, e é adepto do estilo neo-impressionista, tornando-se em 1889 membro de um grupo de artistas em Bruxelas.
Em 1892 abandona a pintura e direciona sua arte para a decoração e arquitetura, sendo considerado uma das pessoas que servem de inspiração para o movimento Artes e Ofícios (arts and crafts).
Responsável pela Escola de Artes e Ofícios, junta-se com alguns outros arquitetos e funda a tão conhecida Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção), com sede em um edifício construído por ele mesmo.
Defende que acima do gosto decorativo está a funcionalidade, aceitando a decoração que não a prejudique. Assim, se um objeto é para ser útil deve transmitir a sua funcionalidade e igualmente seduzir o utilizador com as suas formas. A decoração e a construção fazem parte de um todo. Reconhece a importância da união da arte e da indústria; no entanto, suas criações estavam longe de serem produzidas pela máquina. Para ele o artista deveria ser um criador livre e espontâneo, e não sujeito às exigências do comercialismo nem de uma produção em série. As suas teorias ficaram como pilares para que a geração seguinte viesse a amadurecê-las e a encontrar o equilíbrio entre criatividade, estética e produção seriada.
As obras de Van de Velde:
A decoração interior do Museu Folkwang em Hagen (Alemanha, 1900-1902).
A casa Hohenhof em Hagen (1909).
Oteatro para a Exposição da Werkbund de Colônia, hoje desaparecido (1914).
O Museu Kröller-Müller em Otterloo, Holanda (1921).
Desenhou igualmente ilustrações para livros e encadernações, assim como móveis, candeeiros, objetos de prata, estampados e cartazes, redigindo diversos ensaios sobre teoria da arte, entre eles "Do Novo Estilo" (1907).
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