24 de set. de 2009

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Forma x função x emoção

O movimento modernista buscou (assim como os demais movimentos que o antecederam) uma quebra dos padrões vigentes naquele período histórico. O destaque aqui fica por conta do tradicionalismo seguido até então pelas escolas de arte.
Espaços fechados, formas perfeitas e fieis ao cenário retratado; tudo isso foi tratado pelos modernistas europeus como velho e ultrapassado. Um momento de inovação e mudanças radicais se iniciava. Novas formas, novas cores, novos jeitos de se expressar na arte. A técnica acompanhada de novas experiências, como a pintura ao ar livre e formas de percepção da cor, por exemplo, guiaram os artistas por caminhos ainda inexplorados.
Pode-se dizer que a dicotomia forma x função (mais tarde difundida ela Bauhaus), neste momento se transforma em forma e emoção.
Houve quebra dos padrões de forma até então utilizados, dando lugar a emoção expressa pela arte, muitas vezes sem compromisso de representar fidedignamente a forma real. Esta emoção se demonstrava em novas colorações, cenários e formas.
No Brasil, o modernismo se mostrou menos radicalista em relação ao movimento europeu, buscando na verdade igual espaço de expressão de sua arte, sem desprezar o que até o momento havia sido concebido.
O exemplo de inovação modernista tem o filme Cidadão Kane, tido inicialmente como um fiasco por suas técnicas diferenciadas de câmeras, roteiro, diálogos, entre outros. No entanto, o filme se mostrou de uma excelência sem igual para sua época, tornando-se um clássico cinematográfico.
Elton

Cabe ao designer, o papel de mostrar que forma e função é um desafio projetual, na medida em que se faz algo diferente, inovador. É dar continuidade ao ato de bravura dos modernistas.
O Filme mostra que é preciso correr o risco, e tentar chocar a sociedade. O benefíco pode não ser imediato, mas grandes atos de ousadia trazem sim algum retorno, talvez em longo prazo.

Mariana

A forma e função estão intimamente ligadas ao design. Ao juntarmos esses dois termos teremos altas chances de realizarmos um produto ou uma imagem gráfica de alto teor significativo. A forma e a função devem estar ligadas por elos que tornem o objeto bom e belo, ou seja, ele tem que ter a funcionalidade desejada não deixando de ser bonito agradável aos nossos olhos.O Modernismo vem exatamente quebrar certos tabus da população mundial, era preciso que as pessoas da época se chocassem com coisas novas, para que elas abrissem os olhos às novidades, que eram boas e belas. No início do movimento isso foi altamente difícil, mas enfim a sociedade abriu os olhos para o movimento, deixando a nova identidade artística abraçar um novo modelo de sociedade.No filme O Cidadão Kane vemos um novo modo de fazer cinema na época. Para aquele tempo o filme foi inovador. Ele quebra mais uma vez os parâmetros sociais, fazendo a sociedade se deparar mais uma vez com algo inédito, portanto, de difícil aceitação. Mas como tudo o que é realmente bom prevalece o filme se tornou um clássico.Para nós designers é preciso prestar atenção para certas mudanças, devemos estar sempre mudando, inovando, para que a sociedade não se acostume com apenas um modo de ver as coisas. É preciso uma mudança constante na maneira de fazermos as coisas, pois assim como no Modernismo em que os artistas e idealizadores não tiveram medo de enfrentar um mundo uniforme e acomodado nós também devemos nos arriscar em buscar e expressar novas formas e meios para um resultado final bom e belo.

Abner

Forma e função
No design funcionalista forma segue a função, ou seja, o design deve inovar na forma de certo objeto, porém sem esquecer sua função específica. Entretanto esse princípio pode ser problemático, visto que forma e função adere a um conceito de produção em grande escala e atendendo a indústria, com isso o objeto em questão fica um tanto “desumanizado”, perdendo a individualidade, mantendo um aspecto formal e quase padrão.
Modernismo
No modernismo houve quebra do tradicionalismo acadêmico. Os artistas não queriam apenas atualizar o já existente, mas sim revolucionar de forma radical e permanente as artes, buscando liberdade de expressão rompendo com a estética e colocando mais emoção em suas obras e se opondo às expressões artísticas anteriores no intuito de ampliar os horizontes da sociedade, porem explorando o passado como fonte de criação. Aplicando esse conceito ao design, entendemos sempre terá que haver inovações, mas sempre olhando o passado para criar algo que atraia de forma emocional a sociedade.
Emoção como elemento de ruptura

A quebra do padrão estético da época Vitoriana causou grande impacto, porém mesmo as artes incomuns deveriam ter uma ligação com o mundo conhecido buscando padrões estéticos que se relacionavam com emoções e sensações que já eram conhecidas pela sociedade que possuía enorme necessidade de liberdade de expressão. Quanto mais conhecemos certas coisas mais nos incomoda o fato da mudança, do incomum. No design deve se modificar de modo a causar impacto, mas deve-se atribuir formas e expressões já conhecidas e apreciadas pelo público.
Cidadão Kane
O filme apresenta grandes efeitos para a época tanto nas filmagens, que pela primeira vez mostra o teto do ambientes, como no roteiro, sendo que o filme começa pelo final e a história é contada sem uma ordem certa dos fatos, a vida de Kane é relatada por pessoas próximas a ele, sendo reconstituída por um repórter que deseja descobrir o significado da sua última palavra. Nos dias de hoje os cineastas estão mais preocupados com os efeitos especiais, que em alguns casos são tão exagerados que se torna irreal, deixando o roteiro em segundo plano. No design quando se faz algo, com efeito especial, tenta-se fazer com que esse recurso seja quase imperceptível aos nossos olhos, isso torna a imagem mais real e nos atrai mais os efeitos que são explicitamente falsos e exagerados.
Janaina

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