6 de nov. de 2009
Bauhaus, Pos-modernismo e Cibercultura
Bauhaus, Pós Modernismo e Cibercultura
A Bauhaus foi uma escola de Artes Plásticas e Arquitetura importantíssima que funcionou na Alemanha de 1919 à 1933. Seu método de ensino visava a junção dos vários gêneros entre arquitetura, pintura e escultura, esse método pretendia a quebra de barreiras entre artista e artesão. A simplicidade e autenticidade das formas era um padrão constante na escola. Ela impulsionou de forma importante o Modernismo nas áreas de design e arquitetura.
O Pós Modernismo é o tempo em que vivemos hoje, ou não, já que esse termo gera tanta discordância... Enfim, o Pós Modernismo é a grande e descontrolada fonte de conhecimentos, ou seja, a grande aceleração no desenvolvimento da comunicação, informação e artes. O Pós Modernismo trouxe ao conhecimento uma maior popularidade, pondo-o ao dispor da população. Isso é chamado de cultura de massa.
A Ciber Cultura é a interação entre modernidade e tecnologia, propiciando uma interatividade social incrível. A Ciber Cultura é um misto da cultura mundial que se encontra interligada por redes. Nós, seres humanos, recebemos e passamos informações através dessa rede.
MARIANA
O que eu noto em comum entre os 3 movimentos modernistas citados, é que eles surgiram através de alguma inovação notável. Seja tecnológica, social ou cultural.
A Bauhaus ganhou força logo após a industialização. Muitas necessidades, projetuais por exemplo, surgiram com a produção em série, logo, os artistas visionários da época notaram e viram a oportunidade de fazer algo novo.
Em contraste com a época da Bauhaus, onde a informação era para um grupo seleto de pessoas, o período Pós Moderno pode ser visto como um momento de estagnação intelectual e cultura da maior parte da sociedade. Onde uma informação de baixa qualidade ganha espaço de maneira fácil, mau-acostumando os receptores, moldando pensamentos e roubando personalidades, assim temos como exemplo a tv.
A cibercultura é algo muito novo, onde a sociedade acostumada com a estagnação vai sofrer grande impacto e notar que é necessário sim formar opinião, ter uma personalidade e conceitos, pois na cibercultura, é possível você se dar bem ou se dar mau muito fácil. Se deixar levar pelos vícios é um grande perigo em contra partida é aberto o mundo diante de cada pessoa, possibilidades de formação intelectual e moral, pela quebra das fronteiras da infomação e da interatividade com outros indivíduos.
JANAINA
A Bauhaus foi a 1° escola de Design do mundo.Fundada por Walter Gropius onde teve a fusão da escola de Belas Artes e a escola de Artes ofícios, unindo arte e artesanato, criando produtos funcionais com característica artísticas.
Após a 1° guerra mundial, um novo período se iniciava para Bauhaus, que a partir daí tanto na arquitetura quando na criação de bens de consumo, priorizava a funcionalidade, seguindo a orientação para produção em grande escala, porém não deveriam se limitar a isso.
O pós-modernismo se caracteriza pelo fim das metanarrativas, onde grandes esquemas explicativos não são mais aceitos e nem a ciência é mais vista como verdade. Com a globalização veio a cultura de massa que é destinada a um grande público, e conquistou a maior parte do mercado por causa das tecnologias da comunicação, que são utilizadas como foma de manipulação, diminuindo a qualidade dos itens que são direcionados a esse público. Com essa filtragem, se algo tem uma qualidade maior e se sobresaí perante os outros, é retirado do ar.
A grande utilização do recurso audiovisual para transmitir mensagens e definindo uma falsa realidade, formando indivíduos sem senso crítico da realidade.
A cibercultura caracteriza-se pela troca de informação e a aproximção entre várias pessoas, de diversas partes do mundo dentro de um espaço virtual, internet. Com a ficção cientifica, a cibercultura se tona mais presente na vida do cidadão, seja por qualquer forma de utilização das tecnologias digitais. Ao contrário das mídias tradicionais, onde há a seleção e filtragem de informção, na internet, qualquer um pode transmitir e receber diversas informações de diferentes estilos, tudo é compartilhado. A ciber cultura trouxe grandes consequências para as formas de relação social.
ELTON
Uma das primeiras escolas de design no mundo, teve seu funcionamento entre 1919 e 1933, sendo uma impulsionadora do modernismo na época.
Posteriormente ao movimento Arts and Crafs, que buscava resgatar as atividades ligadas ao fazer manual em contraponto à revolução industrial, a Bauhaus buscou o equilíbrio entre a arte e o artesanato, com as tecnologias trazidas a partir da revolução industrial e a produção em série.
Walter Gropius, um de seus fundadores, tratava de alguns paradigmas que viriam a nortear os objetivos da escola, sob a forte influencia do modernismo, como:
- O combate à arte pela arte
- Elevação da personalidade do indivíduo através da livre ciração
- Formação de indivíduos (e não simples profissionais) atentos às expressões da sociedade moderna.
- Desenvolvimento de bens de consumo funcionais, de custo reduzido e para produção em massa.
Além de ter uma revista interna com o nome da instituição publicou uma seria de livros chamados Bauhausbücher, disseminando as linhas de pensamento da escola através destas.
O projeto de ensino previa propostas de mudança na arte e no design, liberdade de criação para alunos e professores, dentro dos parâmetros comuns daquela escola.
Pós modernismo
Caracterizado pelo atual período da sociedade em que vigora o capitalismo, onde as grandes verdades são a todo momento questionadas, tanto as religiosas quanto as científicas. Quanto ao seu período exato (inicio e provável fim) ainda há discordância entre os estudiosos.
Mas grandes mudanças no seculo xx puderam ser observadas, caraterizando pelo menos o seu inicio, como novos pensamentos e desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação, como jamais vistos na história, alterando consequentemente forma de pensar e agir dos indivíduos.
A cultura em foco deixa de ser a elitista, entrando em cena a cultura de massa, com advento das comunicações como o radio e a televisão, como ferramentas do capetalismo... ops! Capitalismo.
A partir de 80 com a globalização, o capitalismo rompe todas as fronteiras buscando maiores mercados, difundo seus valores a todos os seus "consumidores" em potencial, criando uma cultura em nÍvel global.
Atualmente, a sociedade vive o momento em que tudo é comunicável, e expressa (e vende) algo. A sociedade do TER e PARECER. Imagem é tudo.
Cibercultura
Trata da relação mais próxima entre as formas de comunicação/relação social mediadas por tecnologias em constante evolução. Antes tratava pela ficção científica, cada vez mais se aproxima da realidade. Atráves da comunicação global proporcionada pela internet e outros meios, a aproximação (pelo menos virtual) entre as pessoas é crescente e inevitável.
Tendo a interatividade como seu maior recurso, novas formas de se relacionar, comunicar e viver surgem a partir da cibercultura, modificando diversos âmbitos da sociedade atual.
Recomendo a todos que assistam o filme Subistitutos (Título original: Surrogates), com Bruce Willis. O filme mostra uma interessante e trágica nova forma de relação proporcinada pela tecnologia.
15 de out. de 2009
Podcast #1 Modernismo + Forma x Função + Cidadão Kane
24 de set. de 2009
Conteúdo Adquirido
O movimento modernista buscou (assim como os demais movimentos que o antecederam) uma quebra dos padrões vigentes naquele período histórico. O destaque aqui fica por conta do tradicionalismo seguido até então pelas escolas de arte.
Espaços fechados, formas perfeitas e fieis ao cenário retratado; tudo isso foi tratado pelos modernistas europeus como velho e ultrapassado. Um momento de inovação e mudanças radicais se iniciava. Novas formas, novas cores, novos jeitos de se expressar na arte. A técnica acompanhada de novas experiências, como a pintura ao ar livre e formas de percepção da cor, por exemplo, guiaram os artistas por caminhos ainda inexplorados.
Pode-se dizer que a dicotomia forma x função (mais tarde difundida ela Bauhaus), neste momento se transforma em forma e emoção.
Houve quebra dos padrões de forma até então utilizados, dando lugar a emoção expressa pela arte, muitas vezes sem compromisso de representar fidedignamente a forma real. Esta emoção se demonstrava em novas colorações, cenários e formas.
No Brasil, o modernismo se mostrou menos radicalista em relação ao movimento europeu, buscando na verdade igual espaço de expressão de sua arte, sem desprezar o que até o momento havia sido concebido.
O exemplo de inovação modernista tem o filme Cidadão Kane, tido inicialmente como um fiasco por suas técnicas diferenciadas de câmeras, roteiro, diálogos, entre outros. No entanto, o filme se mostrou de uma excelência sem igual para sua época, tornando-se um clássico cinematográfico.
Elton
Cabe ao designer, o papel de mostrar que forma e função é um desafio projetual, na medida em que se faz algo diferente, inovador. É dar continuidade ao ato de bravura dos modernistas.
O Filme mostra que é preciso correr o risco, e tentar chocar a sociedade. O benefíco pode não ser imediato, mas grandes atos de ousadia trazem sim algum retorno, talvez em longo prazo.
Mariana
A forma e função estão intimamente ligadas ao design. Ao juntarmos esses dois termos teremos altas chances de realizarmos um produto ou uma imagem gráfica de alto teor significativo. A forma e a função devem estar ligadas por elos que tornem o objeto bom e belo, ou seja, ele tem que ter a funcionalidade desejada não deixando de ser bonito agradável aos nossos olhos.O Modernismo vem exatamente quebrar certos tabus da população mundial, era preciso que as pessoas da época se chocassem com coisas novas, para que elas abrissem os olhos às novidades, que eram boas e belas. No início do movimento isso foi altamente difícil, mas enfim a sociedade abriu os olhos para o movimento, deixando a nova identidade artística abraçar um novo modelo de sociedade.No filme O Cidadão Kane vemos um novo modo de fazer cinema na época. Para aquele tempo o filme foi inovador. Ele quebra mais uma vez os parâmetros sociais, fazendo a sociedade se deparar mais uma vez com algo inédito, portanto, de difícil aceitação. Mas como tudo o que é realmente bom prevalece o filme se tornou um clássico.Para nós designers é preciso prestar atenção para certas mudanças, devemos estar sempre mudando, inovando, para que a sociedade não se acostume com apenas um modo de ver as coisas. É preciso uma mudança constante na maneira de fazermos as coisas, pois assim como no Modernismo em que os artistas e idealizadores não tiveram medo de enfrentar um mundo uniforme e acomodado nós também devemos nos arriscar em buscar e expressar novas formas e meios para um resultado final bom e belo.
Abner
Forma e função
No design funcionalista forma segue a função, ou seja, o design deve inovar na forma de certo objeto, porém sem esquecer sua função específica. Entretanto esse princípio pode ser problemático, visto que forma e função adere a um conceito de produção em grande escala e atendendo a indústria, com isso o objeto em questão fica um tanto “desumanizado”, perdendo a individualidade, mantendo um aspecto formal e quase padrão.
Modernismo
No modernismo houve quebra do tradicionalismo acadêmico. Os artistas não queriam apenas atualizar o já existente, mas sim revolucionar de forma radical e permanente as artes, buscando liberdade de expressão rompendo com a estética e colocando mais emoção em suas obras e se opondo às expressões artísticas anteriores no intuito de ampliar os horizontes da sociedade, porem explorando o passado como fonte de criação. Aplicando esse conceito ao design, entendemos sempre terá que haver inovações, mas sempre olhando o passado para criar algo que atraia de forma emocional a sociedade.
Emoção como elemento de ruptura
A quebra do padrão estético da época Vitoriana causou grande impacto, porém mesmo as artes incomuns deveriam ter uma ligação com o mundo conhecido buscando padrões estéticos que se relacionavam com emoções e sensações que já eram conhecidas pela sociedade que possuía enorme necessidade de liberdade de expressão. Quanto mais conhecemos certas coisas mais nos incomoda o fato da mudança, do incomum. No design deve se modificar de modo a causar impacto, mas deve-se atribuir formas e expressões já conhecidas e apreciadas pelo público.
Cidadão Kane
O filme apresenta grandes efeitos para a época tanto nas filmagens, que pela primeira vez mostra o teto do ambientes, como no roteiro, sendo que o filme começa pelo final e a história é contada sem uma ordem certa dos fatos, a vida de Kane é relatada por pessoas próximas a ele, sendo reconstituída por um repórter que deseja descobrir o significado da sua última palavra. Nos dias de hoje os cineastas estão mais preocupados com os efeitos especiais, que em alguns casos são tão exagerados que se torna irreal, deixando o roteiro em segundo plano. No design quando se faz algo, com efeito especial, tenta-se fazer com que esse recurso seja quase imperceptível aos nossos olhos, isso torna a imagem mais real e nos atrai mais os efeitos que são explicitamente falsos e exagerados.
Janaina
18 de set. de 2009
Despertar das Emoções
Exemplo
A imagem das meninas, por exemplo, me dispertam algumas emoções. Dá vontade de rir, pois é uma ação "perigosa" e no entanto a expressão das meninas passam ousadia, felicidade. Dá ansiedade, pq parece que a menina pode cair a qualquer momento. Um pouco de indignação, pelo perigo e o descaso das duas com a atitude. Mas o que predomina é a graça.
Imagem e Emoção
17 de set. de 2009
O despertar de emoções através das imagens
Pode-se expressar qualquer emoção através de imagens. Um pequeno detalhe como uma sombrancelha, um olhar, um músculo retesado podem mudar totalmente o significado de uma imagem e da mensagem q ela pode passar.
Esse rostinho nos dá uma impressão de menina sapeca, levada e ela está feliz!
É inegável que essa imagem não precisa de legenda, nem de texto algum. Ela fala por si própria.
Abner Azevedo.
Expressão & Emoção
1° imagem: Passa a sensação de angustia, aflição que é caracterizada pelas rugas na testa e a disposição das sobrancelhas e o fundo branco que dá uma idéia de que ela está sozinha. A blusa bem abotoada e com uma cor de rosa desbotado e sem vida reforça a sensação de angustia e uma necessidade de se desprender de algo.
2° imagem: Passa pavor, medo, que é vista claramente pelos olhos onde as pupilas estão dilatadas, boca aberta caracterizando um grito, e as mãos que pressiona a face, o escuro ressalta o medo que parece que está engolindo a pessoa.
3° imagem: Raiva, ódio dada pela expressão da boca que trinca os dentes e pela cor do batom que é um vermelho sangue que simboliza ira.
4° imagem: Raiva, braveza retratada pela face canina que mostra alteração na boca onde mostra os dentes de forma a deixar a boca num formato irregular com um lado maior que o outro, a expressão dos olhos que são pouco apertados e o fundo com um degradê de cinza.
5° imagem: retrata uma sensação de prazer, orgasmo que é percebida pela boca que aparentemente expressa gemido, a cabeça um pouco inclinada, a mulher parece estar despida e o ambiente parece retratar uma cama.
6° imagem: Euforia de um garoto ouvindo musica e dançando dada pelo fone no ouvido e um walkman, boca meio aberta que parece estar cantando e os braços que estão aparentemente em movimento.
7° imagem: O garoto parece ter acabado de acordar, pois está de pijama e descabelado, está jogando vídeo game, e a expressão retrata euforia, entusiasmo sugerida pela boca aberta e os olhos fixo e arregalados mostrando certa concentração.
8° imagem: As várias escadas dispostas em várias direções e sentidos passa uma idéia de desorientação, desordem, pois foge dos padrões lógicos e conhecidos.
9° imagem: A imagem retrata um atleta que está com um peso nas mãos e faz força com um movimento circular e passa um equilíbrio, pois o peso do disco e sua disposição espacial são compensados pela inclinação da cabeça. A expressão fácil é imperceptível.
10° imagem: A imagem do Hulk passa fúria, raiva e extrema força caracterizada pela face que mostra os dentes e olhos apertados. A imagem possui um desequilíbrio pela combinação de azul bem forte e o verde do Hulk, não teve contraste.
11° imagem: O desequilíbrio incomoda porque foge do que nossos olhos estão acostumados. A imagem estando num ângulo incorreto passa a sensação de que há algo errado. Ao corrigir, temos a sensação de conforto visual.
Análise de outras imagens
A imagem passa um sensação de tisteza, saudade, caracterizada pelo olhar que apresenta linhas que fazem com ele fique baixo, sem vida e distante pois os olhos estão direcionado para cima.
A imagem mostra solidão, incompreensão que pode ser percebida pelo garoto sentado com a cabeça inclinada, o ambiente mostra um corredor vazio e sem vida.
A expressão da mulher mostra certa impaciência, nervosismo, parece estar esperando algo ou alguém. O ambiente parece uma casa onde reforça a impaciência da espera.
10 de set. de 2009
O Cidadão Kane
O filme conta como um reporte reconstituiu a trajetória do empresário e jornalista de Charles Foster Kane buscando um significado para sua ultima palavra "rosebud" antes de seu falecimento.Kane quando criança herda uma fortuna e deixa de morar com os pais para viver com um banqueiro. Quando completa 25 anos recebe todos os bem e investimentos que tinha herdado, dentre ele resolveu se dedicar a um negócio que não lhe proporcionava tanto lucro, um jornal comum e sem muito sucesso.Praticando um jornalismo agressivo, se tornou sucesso como o homem de mídia, criando grande reputação na classe trabalhadora. O repórter investiga a vida de Kane atrás da resposta da sua ultima palavra, entrevistando conhecido e pessoas próximas.
O individuo real retratado no filme por Orson Welles, foi o magnata do jornalismo William Randolph Hearst, que nega tal semelhança e fez fortes oposições, mas há diversos pontos que coincidem entre o personagem e o jornalista.
Se o filme fosse lançado atualmente teria que ser regravado com outras técnicas de filmagens mais atuais, pois para nossos olhos acostumado com efeitos especiais e iluminação moderna seria um tanto ultrapassado. Os efeitos apresentados no filme mostram grandes inovações para a época, como a boa iluminação, filmagem dos tetos dos ambientes e enquadramento cinematografico.
28 de ago. de 2009
René Jules Lalique: Mestre do Vidro
René Jules Lalique (n. Ay, Marne, França, 6 de Abril de 1860 - f. 5 de Maio de 1945) foi um mestre vidreiro e joalheiro francês.
Vidro do perfume 'Ambre Antique', feito para o perfumista Coty em 1910
Teve um grande reconhecimento pelas suas originais criações de jóias, frascos de perfume, copos, taças, candelabros, relógios, etc., dentro do estilo modernista, (Art nouveau e Art déco). A fábrica que fundou funciona ainda e o seu nome ficou associado à criatividade e à qualidade, com desenhos tanto faustosos como discretos.
Calouste Sarkis Gulbenkian, 23 de Março de 1869 - 20 de Julho de 1955
Dragonfly woman corsage ornament, 1897 - 1898
Aos 16 anos iniciou a sua aprendizagem com o joalheiro parisiense Louis Aucoq e depois ingressou os cursos do Sydenham Art College em Londres entre 1878 e 1880. Ao regressar a França trabalhou, entre outras, para as empresas Aucoq, Cartier e Boucheron.
Em 1882 começa a fazer desenhos independentes para muitas casas de jóias de Paris, e em 1886 abre a sua própria joalharia. Em 1890 era já reconhecido como um dos desenhadores de jóias Art Nouveau mais importantes de França, criando peças inovadoras para a loja La Maison de l'Art Nouveau de Samuel Bing, em Paris.
Seguindo as fontes de inspiração da Arte Nova criou peças representando fauna e flora, (pavões-reais, borboletas e outros insectos reais e imaginários). Inovou utilizando materiais pouco comuns à joalharia da época, como o vidro, esmalte, couro, marfim, nácar, e utilizando mais pedras semi-preciosas que preciosas. Os seus desenhos eram realizados por uma equipa de ajudantes de diversas especialidades.
Mestre vidreiro
Depois de ter aberto uma loja na Place Vendôme de Paris, concebe frascos de perfume em vidro, sendo assim o primeiro a imaginar la comercialização de um produto tão emblemático de luxo e do refinamento numa embalagem igualmente delicada e esplêndida. Mas também pensou produzir estes belos objectos em grandes séries, fazendo a sua arte acessível a um número crescente de pessoas.
Em 1914, reconverteu a sua fábrica de vidro para produzir material médico para hospitais e farmácias. René Lalique não se contentava com desenhar os seus modelos, e construiu também uma fábrica em Wingen-sur-Moder para produzir em grandes quantidades, patenteando diversos processos novos de fabrico de vidro e vários efeitos técnicos, como o satinado Lalique ou o vidro opalescente.
A excelência das suas criações e o gosto que aplicava às suas obras valeram-lhe ser encarregado da decoração interior de numerosos navios, trens (comboios) como o Expresso do Oriente, igrejas como a de São Nicásio de Reims e numerosas construções religiosas e civis.
René Lalique foi o primeiro a esculpir o vidro para grandes obras monumentais, como as portas do Hotel Alberto I de Paris ou as fontes dos Campos Elíseos.
Henri Toulouse-Lautrec
Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa nasceu em Albi, França, em 24 de novembro de 1864.
De família aristocrática, recebeu educação artística e praticou esportes até os 14 anos, quando sofreu um acidente e quebrou o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, quebrou o direito. Nunca pôde se restabelecer e suas pernas atrofiadas e disformes dificultavam-lhe a locomoção. Dedicou então cada vez mais tempo à pintura. Em 1872, em Paris, ingressou no Liceu Fontanes (posterior Liceu Condorcet) e, em 1881, depois de bacharelar-se, enfrentou a oposição familiar e decidiu tornar-se pintor. Um de seus primeiros mestres profissionais, Léon-Joseph-Florentin Bonnat -- veemente defensor das normas acadêmicas e contrário aos impressionistas --, abominava os desenhos do aluno.
Em 1883, Toulouse-Lautrec passou ao estúdio de Fernand Cormon, onde conheceu Van Gogh e Émile Bernard. Apesar do apoio do novo mestre, sentia a estética acadêmica como algo cada vez mais restritivo e insuportável. Montou um estúdio particular em meados da década de 1880 e passou a freqüentar os teatros e cabarés do bairro parisiense de Montmartre, que tornaria célebres em sua obra.
Ao contrário dos impressionistas, demonstrou pouco interesse pelas paisagens e dedicou-se aos interiores. São famosos "Moulin Rouge", "Au salon de la rue des Moulins" e inúmeros retratos, gênero a que conferiu incomum aprofundamento psicológico com grande economia de meios.
Moulin Rouge - 1894
Au salon de la rue des Moulins - 1891
O estilo pessoal de Toulouse-Lautrec, de linhas livres e onduladas, transgride freqüentemente as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da expressividade. As cores intensas, em combinações rítmicas, sugerem movimento.
As figuras são situadas na tela de forma a que as pernas não fiquem visíveis. Interpretada como reação à condição física do próprio artista, essa característica elimina a obviedade do movimento, que passa a ser apenas sugerido.
A simplificação do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor caracterizam os cartazes, que estão entre suas obras mais significativas.
A partir de 1892, Toulouse-Lautrec dedicou-se à litografia. Entre as mais de 300 que produziu, destaca-se a série Elles, sensível panorama da vida nos bordéis.
O surgimento da série coincidiu com a deterioração de seu estado físico e mental. Entregou-se ao alcoolismo e seus modos irônicos não disfarçavam o sofrimento decorrente de sua deformidade. Em 1899, após grave colapso nervoso, passou alguns meses num sanatório mas, no ano seguinte, voltou a beber.
Henri de Toulouse-Lautrec morreu no castelo de Malromé, Gironde, França, em 9 de setembro de 1901. Apesar da excepcional popularidade de seus cartazes publicitários, como os que fez para Aristide Bruant, Jane Avril, May Belfort e outros artistas, além das numerosas litografias, só posteriormente reconheceu-se a importância de sua obra, que prefigurou revolucionários movimentos artísticos do Século 20.
Baile no Moulin Rouge - 1890
Gustav Klimt
Referências
O Anime Japonês Elfen Lied faz diversas referências à obra de Klint em sua abertura, assim como em seu personagem principal, uma mulher ruiva de sexualidade aflorada e ao mesmo tempo meiga como uma criança.
Art Nouveau - Henry van de Velde
Henry van de Velde foi um arquiteto, designer e pintor ligado ao movimento estético.
Estudou pintura em Paris, na França, e é adepto do estilo neo-impressionista, tornando-se em 1889 membro de um grupo de artistas em Bruxelas.
Em 1892 abandona a pintura e direciona sua arte para a decoração e arquitetura, sendo considerado uma das pessoas que servem de inspiração para o movimento Artes e Ofícios (arts and crafts).
Responsável pela Escola de Artes e Ofícios, junta-se com alguns outros arquitetos e funda a tão conhecida Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção), com sede em um edifício construído por ele mesmo.
Defende que acima do gosto decorativo está a funcionalidade, aceitando a decoração que não a prejudique. Assim, se um objeto é para ser útil deve transmitir a sua funcionalidade e igualmente seduzir o utilizador com as suas formas. A decoração e a construção fazem parte de um todo. Reconhece a importância da união da arte e da indústria; no entanto, suas criações estavam longe de serem produzidas pela máquina. Para ele o artista deveria ser um criador livre e espontâneo, e não sujeito às exigências do comercialismo nem de uma produção em série. As suas teorias ficaram como pilares para que a geração seguinte viesse a amadurecê-las e a encontrar o equilíbrio entre criatividade, estética e produção seriada.
As obras de Van de Velde:
A decoração interior do Museu Folkwang em Hagen (Alemanha, 1900-1902).
A casa Hohenhof em Hagen (1909).
Oteatro para a Exposição da Werkbund de Colônia, hoje desaparecido (1914).
O Museu Kröller-Müller em Otterloo, Holanda (1921).
Desenhou igualmente ilustrações para livros e encadernações, assim como móveis, candeeiros, objetos de prata, estampados e cartazes, redigindo diversos ensaios sobre teoria da arte, entre eles "Do Novo Estilo" (1907).